segunda-feira, 11 de julho de 2016

Anatomia do estômago

ARTÉRIAS

O suprimento sanguíneo para o estômago provém da artéria celíaca (tronco celiaco).

Existem quatro grandes artérias:
as artérias gástricas esquerda e direita, ao longo da curvatura menor,
as artérias gastroepiplóicas esquerda e direita, ao longo da curvatura maior







SUPLEMENTAR: As artérias frênicas inferiores e artérias gástricas curtas a partir do baço: uma quantidade substancial de sangue pode ser suprida ao estômago proximal.

1) A maior artéria para o estômago é a artéria gástrica esquerda,
2) A artéria gástrica direita provém da:
artéria hepática
artéria gastroduodenal
3) a artéria gastroepiplóica esquerda origina-se da artéria esplénica
4) a gastroepiplóica direita origina-se da artéria gastroduodenal.

Existe uma extensa conexão anastomótica entre estes dois grandes vasos.

Na maioria dos casos, o estômago sobreviverá se três ou quatro artérias forem ligadas, contando que as arcadas ao longo das curvaturas menor e maior não sejam ligadas.

VEIAS
Fazem um paralelo com as artérias.

As veias gástrica (coronária) esquerda e gástrica direita geralmente drenam para dentro da veia porta.

A veia gastroepiplóica direita drena para a veia mesentérica superior, e a veia gastroepiplóica esquerda drena para a veia esplénica.

INERVAÇÃO

É tanto parassimpática, através do vago, quanto simpática, através do plexo celíaco.

O nervo vago origina-se no núcleo vago no assoalho do quarto ventrículo e atravessa o pescoço na bainha carotídea para penetrar no mediastino, onde ele se divide em vários ramos ao redor do esôfago.

Estes ramos coalescem acima do hiato esofagiano para formarem os nervos vago esquerdo e direito. No entanto, não é incomum encontrar mais de dois troncos vagais no esôfago distal.

Na junção GE, o vago esquerdo é anterior e o vago direito é posterior (E-A-D-P, mnemónico).

Inervação vagai do estômago. A linha de seção para a vagotomia troncular é mostrada e está acima dos ramos hepático e celíaco dos nervos vagos esquerdo e direito, respectivamente. A linha de secção para a vagotomia seletiva é mostrada, e ocorre abaixo dos ramos hepáticos e celíacos
Conforme mostrado, o vago esquerdo dá origem ao ramo hepático para o fígado e, então, continua ao longo da curvatura menor como o nervo anterior de Latarjet.

O nervo "criminoso" de Grassi é o primeiro ramo do nervo vago direito ou posterior, e é reconhecido como a etiologia potencial das úlceras recorrentes quando não seccionado dividido.

O nervo direito também dá um ramo para o plexo celiaco e, então, continua posteriormente ao longo da curvatura menor.

TIPOS DE VAGOTOMIAS

a vagotomia troncular é executada acima dos ramos celíacos e, RESPETIVAMENTE, hepáticos do vago, a vagotomia seletiva é realizada abaixo destes
a vagotomia superseletiva é realizada seccionando-se a pata de ganso que inerva o estômago proximal enquanto se preserva a inervação das partes antral e pilórica do estômago.
A maioria (>90%) das fibras vagais é aferente, carreando estímulos do intestino para o cérebro.

As fibras vagais eferentes originam-se nos núcleos dorsais do bulbo e fazem sinapses com os neuronios nos plexos mioentéricos e submucosos. Estes neuronios utilizam acetilcolina como seu neurotransmissor e influenciam na função motora gástrica e na secreção gástrica.

Em contraste, o suprimento nervoso simpático provém de T5 a T10, cursando no nervo esplâncnico para o gânglio celíaco. As fibras pós-ganglionares fazem, então, um trajeto junto com o sistema arterial para inervar o estômago.
O sistema nervoso intrínseco ou entérico do estômago consiste em neurônios nos plexos neuronais de Auerbach e de Meissner, neurônios colinérgicos, serotonérgicos e peptidérgicos. A função destes neurônios permanece pouco compreendida.


ESTRUTURA HISTOLOGICA DO ESTOMAGO

1. Exceto por uma pequena área posterior na cárdia proximal e no antro pilórico distal, o estômago é revestido pelo peritônio.

O peritônio forma a serosa, a camada mais externa do estômago.

2. Abaixo dele está uma muscular própria, mais espessa, ou muscular externa, que é composta de três camadas de músculos lisos.

A camada média de múscuIo liso é circular, e é a única camada muscular completa da parede muscular. No piloro, esta camada muscular média circular torna-se progressivamente mais espessa e funciona como um verdadeiro esfíncter anatómico.

A camada muscular externa é longitudinal e contínua com a camada externa do músculo liso esofagiano longitudinal. Dentro das camadas da muscular externa e media encontra-se um rico plexo de nervos autonômicos e de gânglios, denominado plexo mioentérico de Auerbach.

3) A submucosa:

- entre a muscular externa e a mucosa
- camada de tecido conjuntivo rica em colágeno, que é a camada mais resistente da parede gástrica.
- contém a rica rede anastomótica de vasos sanguíneos e de linfáticos e o plexo de Meissner de nervos autonômicos.

5) A mucosa:

- epitélio superficial
- lâmina própria pequena camada de tecido conjuntivo e contém capilares, vasos, linfáticos e nervos necessários para o suporte da superfície epitelial
- muscular da mucosa

responsável pelas rugas que ampliam enormemente a área da superfície epitelial
demarca os limites microscópicos para o carcinoma gástrico invasivo e não-invasivo

Organização Glandular Gástrica
A mucosa gástrica consiste em um epitélio glandular colunar.

As funções das glândulas e as células que revestem as glândulas variam de acordo com a região do estômago na qual elas são encontradas.

As células endócrinas, como as células da gastrina (G) ou da somatostatina (D), podem ser abertas ou fechadas:

o tipo aberto:
- têm as suas microvilosidades nas membranas apicais, 
-  um contato direto com os conteúdos gástricos.
- as microvilosidades, provavelmente, possuem sensores químicos e de pH que sinalizam à célula para secretar os seus peptídios pré-armazenados.

o tipo fechado não possuem microvilosidades em contato com o lúmen gástrico.
No antro, há células G e células D que são do tipo aberto. As celulas D secretam somatostatina.
Por outro lado, as células D localizadas no fundo/campo do estômago são do tipo fechado e estão em contato direto com as células parietais secretoras de ácido.

Na cárdia, as mucosas são arranjadas em glândulas ramificadas que primariamente secretam muco, e as criptas são curtas. No fundo e no corpo, as glândulas são mais tubulares e as criptas são mais longas. No antro, as glândulas são mais ramificadas.

As extremidades luminais das glândulas gástricas e das criptas são revestidas por células epiteliais de superfície secretoras de muco, que se estendem ao longo do colo das glândulas por distâncias variáveis. Na cárdia, as glândulas são predominantemente secretoras de muco. No corpo, as glândulas são revestidas a partir do colo até a base principalmente com células parietais e principais. Existem umas poucas células parietais no fundo e no antro proximal, mas nenhuma na cárdia ou no antro pré-pilórico. Os espécimes de biopsia retirados do estômago demonstraram que as células parietais são responsáveis por 13% das células epiteliais, enquanto as células principais são responsáveis por 44%; as células mucosas são responsáveis por 40% e as células endócrinas são responsáveis por y/a.

Nenhum comentário:

Postar um comentário